Hoje, me vi em meio a tanta gente, rodeada de tantas gargalhadas... Clima bom, noite animada...

Mas eu não estava ali por completa, minha mente estava em você, entre o medo e a ousadia de te ligar...

Sabe, foi como se nem todos eles me fizessem deveras completamente feliz... 

Pode ser que o tempo passe e nada se resuma a meu querer... Pode ser que os ventos desta vida, me levem para longe, ou quem sabe, para mais perto... E mesmo assim, estarás sempre ali, naquele lugarzinho, secreto e indefinido... No mais profundo de meus desejos...

Pode ser que eu continue assim, insana, a te procurar, me expondo, mesmo sem talvez não valha a pena...

Não perdi por esperar... Cheguei em casa, e enquanto me arrumava para repousar, pensamentos se atropelavam dentro de mim, ao mesmo tempo em que idéias se chocavam... Enquanto viajava pelas ruas de mim... Fui conduzida a dimensão real, por uma tão linda melodia, ue dizia, ao som das cordas de um violão: 

"Se eu tiver todo teu calor outra vez aqui...

Olhe bem para meus olhos para sentir, quanto eu sofri...

[...]

Se eu disser que perdi a direção...

Se eu disser que machuquei meu coração... Quando disse não...

Eu quero teu amor..."

Chorei, e corri a janela... Na paisagem, alguém sentado, com violão bem acomodado, cantando serenamente, esta linda canção... Delirei! Como era lindo, como parecia ser lindo... 

Como o coração é besta e senssível, poderia apostar que era você... Quando me dei conta que não...

A canção se converteu na mais medíocre, o colorido, em preto e branco...

O violão? Parecia uma arma apontada contra meu peito...

Não dá para descrever o despontamento, da projeção que eu mesma criei...

Você com certeza estaria isento desta canção... Descansando, certamente... Sem se quer lembrar de mim...

Por não saber como lidar com a situação ignorei...

Logo após lamentei... O que esta vida apronta com o amante...

Parece que quando agente ama, qualquer tratante diz te amar também... Qualquer um, menos o qual, você quer ser por ele amada...

(Hadassa Arielly)